REPERTÓRIOS POR EIXOS TEMÁTICOS: Minorias Sociais, Violências

Repertórios por eixos temáticos (parte 01):

Nesta série de postagens da reta final, vou focar no lançamento de alguns repertórios socioculturais por eixos temáticos. Hoje, vamos conhecer repertórios para o eixo das minorias sociais e das violências:

1. TEORIA DA CARNAVALIZAÇÃO (Mikhail Bakhtin, linguista e filósofo russo): A transformação de um objeto em algo cômico. Quando aplicado às minorias, objetiva-se ridicularizá-las e humilhá-las. Pense: quais minorias sociais não são alvos de piadas?

2. TODO ÓDIO É UM AUTOELOGIO (Leandro Karnal, historiador brasileiro, em seu livro “Todos contra todos”): Quem odeia vê-se superior ao seu objeto de ódio.

3. NARCISISMO (mito grego bastante estudado pelo psicanalista Sigmund Freud): Tendemos a inferiorizar o que nos é diferente. “É que Narciso acha feio o que não é espelho” (trecho da música Sampa, de Caetano Veloso).

4. COMPORTAMENTO DE MANADA (Gustave Le Bon, psicólogo francês, em seu livro “A Psicologia das multidões”): é o fenômeno por trás de explosões grupais de violência. Trata-se de uma ação conjunta de indivíduos da mesma espécie sem coordenação prévia clara. Nosso instinto de sobrevivência nos faz suscetíveis a comportamento semelhante.

5. O ESVAZIAMENTO DO SUJEITO SOCIAL (Stuart Hall, sociólogo): o sujeito pós-moderno não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente.

6. O ANONIMATO COLETIVO (Paul Ricoeur, filósofo): o outro desaparece no anonimato coletivo, na impessoalidade das ações conjuntas.

7. A NEGAÇÃO DA ALTERIDADE (Ricardo Timm de Souza, filósofo brasileiro): nega-se o próximo e seus direitos para, assim, cometer-lhe qualquer tipo de violência. Toda violência tem como fundamento a negação da alteridade.

8. CEGUEIRA MORAL (Zygmunt Bauman, sociólogo polonês): em tempos de modernidade líquida, a indiferença ao próximo é habitual.

9. MODERNIDADE LÍQUIDA (Zygmunt Bauman, sociólogo polonês): vivemos um tempo de relações frágeis, em que nada é feito para durar.

10. VIOLÊNCIA SIMBÓLICA (Pierre Bourdieu, filósofo francês): o processo pelo qual a classe que domina socialmente impõe sua cultura aos dominados. A violência simbólica expressa-se na imposição dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, são formas de coerção sem o contato físico, é a relação de poder de fato.


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